25/04/2004 - 06h25
Empresas dizem que n�o h� acordos secretos
da Folha de S.Paulo

O presidente do Conselho de Administra��o da Telemar, Ot�vio Azevedo,
porta-voz do cons�rcio Calais, afirmou � Folha que n�o h� acordos
secretos entre as teles para a compra da Embratel.

Ele tamb�m negou que exista inten��o de alinhar as tarifas pelo teto,
conforme est� escrito em relat�rio interno da Telef�nica.

Eduardo Navarro, vice-presidente da Telef�nica, diz que a estrat�gia
montada pelo cons�rcio aumentaria a concorr�ncia entre Telemar,
Telef�nica e Brasil Telecom, em vez de reduzi-la.

Isso ocorreria com a reparti��o dos clientes corporativos da Embratel e
com uma operadora entrando na �rea da outra. Assim, disse ele, elas
teriam escala para concorrer em todo o pa�s, e n�o apenas em suas atuais
�reas.

O porta-voz do cons�rcio afirmou que os acordos de acionistas foram
entregues anteontem � Anatel e ao Cade. ""N�o entregar�amos tais
documentos se tiv�ssemos alguma d�vida em rela��o � legalidade de seus conte�dos."

Moshe Sendacz, advogado da Telef�nica, disse que os acordos de
acionistas s�o instrumentos para a defesa dos investimentos que as teles
far�o, caso ven�am a disputa. ""Ser�o investimentos muito altos, de US$
2,2 bilh�es, e as operadoras precisam de garantias de que a Geodex ir�
cumprir os compromissos firmados. Todos os documentos s�o compat�veis
com as exig�ncias regulat�rias e concorrenciais."

Indagado sobre o acordo que exige aprova��o pr�via das teles em decis�es
da Geodex, o porta-voz disse que tal obriga��o s� se aplica �s decis�es
que tenham impacto no investimento das teles. Ele negou que o acordo
signifique controle indireto das teles.

O advogado da Telef�nica disse que caber� exclusivamente � Geodex gerir
a Embratel e executar o plano de cis�o da companhia. Ele afirmou que as
teles n�o ter�o inger�ncia na administra��o.

Em rela��o ao acordo sobre a op��o de compra da Gavle Holdings (que
deter� as a��es de controle da Calais em nome da Geodex), o porta-voz
disse que, se tal hip�tese vier a acontecer, as a��es ser�o entregues �
Anatel, para que ela indique um novo gestor para a Embratel.

Ele negou que haja inten��o das teles de diluir o custo de aquisi��o da
Geodex do Brasil com os acionistas minorit�rios da Embratel, como est�
escrito em um dos documentos da Telef�nica.

"Isso � maluquice. Eu me recuso sequer a pensar em tal hip�tese."
Azevedo disse que est� prevista, de fato, a hip�tese de venda da Geodex
do Brasil para a Embratel, mas que o neg�cio teria justificativa pela complementaridade das redes da Embratel e da Geodex.

"Quem est� disposto a investir US$ 2,2 bilh�es n�o vai se preocupar em
diluir despesa de US$ 50 milh�es com acionistas minorit�rios. Isso deve
ser fruto de an�lise para fins internos feita por algum gerente j�nior", acrescentou.

Navarro diz que o "discurso pr�-competi��o" que aparece como uma
exig�ncia do governo em um documento n�o � a recomenda��o para se criar
uma farsa.

"Discurso, a�, � um modelo de competi��o", afirmou. "� que isso foi
escrito por engenheiros", completou Sandocz.

O acordo sobre a Intelig, assinado pelo trio, � uma prova de que n�o
houve acordo, para Navarro. Se houvesse uma a��o coordenada entre as operadoras, de acordo com ele, esse tipo de acordo n�o seria necess�rio.

O advogado Domingos Refinetti, da Telef�nica, diz que a apreens�o foi
ilegal porque a ordem judicial restringia-se ao caso da empresa Cobra
SP: "Houve arbitrariedade na apreens�o e a divulga��o de documentos sob
segredo de justi�a � ilegal. S�o provas il�citas porque n�o est�o
relacionadas aos inqu�ritos".

Advogados da Telef�nica dizem desconfiar de que a apreens�o e a
divulga��o dos pap�is segue um cronograma que visa atrapalhar a
negocia��o do cons�rcio

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� QMPro 1.51 � Eu queria dizer a verdade, meu advogado que n�o deixa!

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