Mulheres otimistas correm menos riscos de ter doenças cardíacas e vivem
mais, de acordo com um estudo feito nos Estados Unidos.
Uma pesquisa anterior, feita por especialistas holandeses, já havia
concluído que o otimismo reduz o risco de problemas cardíacos em
homens.
Quase cem mil mulheres participaram do novo estudo, publicado na
revista científica "Circulation". A investigação concluiu que as
pessimistas tendem a apresentar pressão mais alta e índices mais altos
de colesterol.
Mesmo quando esses fatores foram levados em consideração - ou seja, comparando-se grupos de mulheres com pressão alta e altos índices de colesterol -, a diferença de atitude alterou significativamente os
riscos entre otimistas e não otimistas.
Mulheres otimistas tiveram 9% menos chances de desenvolver problemas
cardíacos e 14% menos chances de morrer por qualquer causa após oito
anos de acompanhamento.
Em comparação, mulheres cínicas, que cultivam sentimentos hostis ou não confiam nos outros apresentaram 16% mais probabilidade de morrer dentro
do mesmo período.
Uma possível explicação, segundo os pesquisadores, é que as otimistas
talvez sejam mais capazes de enfrentar adversidades e de cuidar de si
próprias quando ficam doentes.
Mais exercícios
O estudo concluiu também que mulheres otimistas fazem mais exercícios e
são mais magras do que as pessimistas.
"As evidências indicam que negatividade constante e em alto grau é ruim
para a saúde", disse a pesquisadora Hilary Tindle, da University of Pittsburgh.
Para uma porta-voz da entidade beneficente britânica para doenças
cardíacas British Heart Foundation, o aumento do risco de doenças
cardíacas pela liberação de certas substâncias no organismo por conta
de "emoções hostis" é conhecido, mas o mecanismo como isso funciona
ainda é um mistério.
"Atitudes otimistas ou hostis podem estar associadas a comportamentos
que têm implicações para a saúde, como fumar ou seguir dietas ruins, o
que pode também influenciar a saúde do coração", disse a porta-voz.
"Uma boa coisa para todas as mulheres é que, independentemente da sua natureza, fazer escolhas saudáveis como não fumar e comer bem terá
muito mais impacto sobre a saúde do seu coração do que a sua atitude."
"São necessárias mais pesquisas para explorar como e por que essas características psicológicas podem afetar a saúde", acrescentou a
porta-voz.
fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u607979.shtml
--
Eduardo
Sorocaba,SP - Brasil
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