plantinha marciana
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Renato Zambon@1:2320/100 to
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da srie: ser que a Hidra ainda vai estar no ar quando comear a
terraformaao de Marte? :-)
31/10/2005 - 09h12
Bi¢logos buscam transgnico "marciano"
SALVADOR NOGUEIRA da Folha de S.Paulo
Financiado pela Nasa, um grupo de bi¢logos est produzindo plantas
transgnicas super-resistentes, num esforo para desenvolver formas de
vida capazes de subsistir em Marte. Ser bom t-las
mÆo no futuro,
caso a humanidade decida tentar dar ao planeta vermelho, hoje um vasto
deserto rido, uma pitada de verde.
O trabalho acaba de ser premiado com uma segunda rodada de financiamento
--no valor de US$ 400 mil--, como parte de um programa de
desenvolvimento de conceitos avanados para exploraÆo espacial bancado
pela agncia espacial americana. O grupo liderado por Wendy Boss, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, j tem
at suas mudinhas de plantas geneticamente modificadas --mas ainda est distante de saber se conseguiu os efeitos desejados.
A idia foi basicamente tentar transferir alguns truques usados por
criaturas unicelulares do tipo "pau para toda obra" para as plantas. Os micr¢bios em questÆo sÆo os chamados extrem¢filos, que vivem na Terra em ambientes tÆo improv veis para a vida quanto uma poa de cido sulf£rico
ou fossas profundas no oceano. E a receptora das "qualidades" eleita
pelos cientistas foi a famosa Arabidopsis thaliana, a planta "rato de laborat¢rio" favorita dos botnicos. O novo gene veio de uma criatura
chamada Pyrococcus furiosus, um nome digno de um ser que vive mais feliz
quando num ambiente com temperatura ao redor de 100C.
Os cientistas extra¡ram um gene respons vel pela capacidade desse
extrem¢filo de eliminar com mais eficincia os famigerados radicais
livres (formas de oxignio hiper-reativas que adoram destruir tudo
quanto molcula orgnica £til). Esses radicais sÆo naturalmente
produzidos pelo organismo quando suas clulas estÆo sob algum tipo de
estresse --como a temperatura alta.
Mais eficiente
"Embora as plantas tenham enzimas que impedem a aÆo dessas substncias,
a enzima da P. furiosus faz isso com mais eficincia, sem produzir uma
molcula adicional de oxignio, e dessa maneira reduz o risco de
produÆo de outros compostos contendo mais oxignio t¢xico", diz Boss.
Na primeira fase do experimento, j conclu¡da, os cientistas
introduziram o gene do extrem¢filo em clulas da planta e observaram que
essas clulas de fato produzem a enzima capaz de controlar os radicais
livres. Para a segunda fase, os cientistas inclu¡ram uma bateria de
novos genes de extrem¢filos: mais dois da P. furiosus e outros da
criatura Colwellia psychrerythraea, que, ao contr rio de sua outra
colega extrem¢fila, curte mesmo um frio de rachar (mais a cara de
Marte).
Alm disso, agora os pesquisadores nÆo vÆo se limitar a testes com
cultura de clulas. VÆo tambm cultivar a plantinha em laborat¢rio e ver
se os efeitos celulares observados se traduzem em maior resistncia para
o organismo como um todo. "Ainda levar um a dois anos at que possamos investigar as plantas e caracterizar seu fen¢tipo ["resultado final" da
planta, produto dos genes e da influncia do ambiente]", diz Boss.
Para os vigilantes cr¡ticos da tecnocincia, a pesquisadora envia uma
mensagem de pacificaÆo. "Caso seus leitores fiquem preocupados com a
chegada das plantas transgnicas ao mercado, a resposta nÆo", diz. " pesquisa bem fundamental mesmo."
Claro, ela nÆo descarta a possibilidade de que a agricultura terr quea
possa, no futuro, vir a se beneficiar de sua pesquisa. "Se n¢s acabarmos encontrando um efeito benfico desse e de outros genes de extrem¢filos,
entÆo poderemos trabalhar com as pessoas que desenvolvem sementes para
criar plantas seguras e ambientalmente razo veis."
Para a agricultura marciana, entÆo, as perspectivas sÆo para um futuro
ainda mais distante. "Neste ponto, microrganismos extrem¢filos
encontrados na Terra provavelmente poderiam sobreviver em Marte, mas
plantas, como as conhecemos, nÆo", diz. "A Nasa nos pediu que
sonh ssemos 40 anos no futuro e meu palpite que se passarÆo 20 a 40
anos antes que possamos ter algo como plantas que proliferariam em
ambientes extremos como os de futuras estufas marcianas."
As principais "plantaäes" marcianas seriam contidas em estufas, onde o ambiente poderia ser mais benigno para elas e onde a "contaminaÆo" do
planeta poderia ser evitada. Elas serviriam tambm como fonte de
oxignio, absorvendo o g s carbnico exalado por astronautas,
completando um sistema de suporte de vida ecologicamente controlado.
E quanto
s possibilidades de uma futura "terraformaÆo" de Marte, com plantaäes a cu aberto mirando o objetivo de tornar o planeta vermelho
mais parecido com a Terra? "Eu pessoalmente gostaria que tent ssemos
algo assim", diz Boss, "mas s¢ depois que os cientistas tenham
catalogado as poss¡veis formas de vida existentes em Marte, feito
modelos preditivos e detectado as poss¡veis conseqncias. Nada que seja
para o futuro pr¢ximo."
[]s
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þ QMPro 1.51 þ De um cluster para outro: Don't follow me, I'm lost too.
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